Os antigos gregos consideravam a violeta um símbolo de fertilidade e amor, utilizando-a em poções de amor. Muito conhecida desde a antiguidade, tendo sido muito utilizada para fins medicinais. Começou a ser utilizada desde 1829 na Homeopatia, pelo médico alemão M. Staptf no tratamento de sinusites e reumatismo.
Descoberta em 1892 pelo pesquisador e barão alemão Walter Von Saint Paul, nas montanhas do nordeste da Tanzânia (África), a violeta-africana é hoje uma planta muito popular.
Planta herbácea, perene, com caules curtos, ramificados, de cor verde escuro, quer um pequeno caule rematado por uma roseta de folhas, quer um caule rastejante e ramificado com folhas alternas. As folhas são em forma de coração, ovais a arredondadas, sendo os pecíolo pecíolos são carnudos e verde-claros.
Nas plantas adultas, os pedúnculos nascem de todas as axilas das folhas. Cada pedúnculo ramifica-se junto à extremidade, surgindo de cada ramo um pequeno cálice verde-claro que suporta a corola, com cinco lobos.
A corola, tubular, não excede em comprimento 0,5cm e os lobos abrem-se tanto que mais parecem cinco pétalas separadas. Embora as flores da espécie original sejam singelas - têm apenas uma camada de pétalas -, algumas das variedades e alguns dos híbridos possuem numerosas camadas de pétalas.
As flores apresentam cores variadas, desde o branco a vários tons de azul, roxo, cor-de-rosa e vermelho. No centro da flor notam-se bem umas minúsculas e douradas bolsas de pólen - os estames. Cultivadas em condições apropriadas, estas plantas continuarão a crescer e a florir durante o ano. No entanto, o tamanho das flores e das folhas nem sempre é previsível, já que o aspecto das variedades e dos híbridos depende frequentemente das condições em que os mesmos são cultivados.
Hoje, devido aos inúmeros processos de hibridação, existem 18 espécies e cerca de 6 mil variedades e novas continuam surgindo, por isso tamanha variedade nas coes de suas flores.
Trata-se de uma das mais belas e delicadas dentre as espécies ornamentais para cultivo em vasos no interior dos ambientes. Ao falar de violetas (violetas-africanas, ou violetas-do-cabo) não podemos deixar de nos referirmos às Saintpáulias, tão apreciadas pelas suas flores abundantes e coloridas, que são talvez as plantas de interior mais conhecidas.
As Saintpaulia são bastante fáceis de serem cultivadas a nível doméstico, para isso bastará seguir as seguintes recomendações:
Cuidados:
Temperatura - Estas plantas desenvolvem-se bem a temperaturas de 18-24ºC. Uma flutuação de 3º para além destes níveis pode eventualmente interromper o crescimento. É indispensável um elevado grau de humidade; coloque os vasos em tabuleiros com seixos molhados e pendure pratos com água sob os cestos suspensos.
Luz: Durante todo o ano exponha estas plantas a luz forte, mas não a sol directo. Duas ou três horas diárias de sol velado beneficiarão as saintpáulias. Coloque de preferência junto a uma janela voltada para o nascente. Uma boa dica para garantir o crescimento simétrico da violeta é ir virando o vaso, semanalmente, obedecendo sempre o mesmo sentido. Também se desenvolvem bem sob luz artificial. Se expostas a luz adequada e satisfeitas outras condições necessárias, estas plantas florirão continuamente.
Rega - Regue moderadamente estas plantas, o suficiente para humedecer a mistura a cada rega, mas deixando secar a camada superior antes de regar de novo. Um excesso de rega em qualquer altura pode provocar apodrecimento das raízes. O ideal é colocar água apenas uma vez por semana no Inverno, duas vezes no Verão, evitando encharcar. Evite molhar as folhas. Se após regar a planta escorrer água para o prato retire, evitando assim que este fique água.
Adubação - O ideal é adubar num intervalo de 15 em 15 dias, mas nunca no centro, somente ao redor da planta, uma colher de café é o suficiente para os vasos em que elas normalmente são vendidas.
Multiplicação: Semente e por divisão da planta na Primavera ou Outono.
Transplantação - Quando oportuno. Use uma mistura composta por partes iguais de turfa de musgo, perlite e vermiculite e acrescente três ou quatro colheres de sopa de pó de dolomite para cada quatro medidas (uma medida = 2dl) da mistura. Plante as saintpáulias em forma de roseta em vasos ou outros recipientes baixos. Para calcular o tamanho conveniente do recipiente, meça o diâmetro da roseta e escolha um recipiente com o diâmetro de cerca de um terço do da planta. Não deve ser necessário um vaso de dimensões superiores a 12-16cm. As variedades miniatura e as plantas rastejantes jovens podem também ser cultivadas em vasos, mas as rastejantes adultas devem ser cultivadas em cestos suspensos, onde os caules dispõem de mais espaço para enraízar.
As saintpáulias dão-se melhor quando um pouco apertadas nos vasos. Reenvase estas plantas em recipientes um pouco maiores só dois meses depois das raízes terem enchido os recipientes em que se encontram. Pode realizar esta operação em qualquer estação desde que a temperatura esteja acima dos 16ºC. Ao reenvasar, é aconselhável retirar o círculo exterior das folhas se os pecíolos tiverem sido danificados por terem estado comprimidos contra a borda do vaso. Retire cada pecíolo com um puxão rápido para o lado; não os corte. É importante retirar o pecíolo todo, pois qualquer coto que fique pode apodrecer e contagiar o caule principal.
Propagação - O método mais indicado para propagar as saintpáulias consiste em enraizar individualmente as folhas que produzirão novas plantas. Retire uma folha da roseta, da segunda ou terceira carreira a contar de fora (ou retire uma folha junto à base do caule, caso se trate de uma planta rastejante). Com uma faca afiada, corte o pecíolo, reduzindo-lhe o comprimento a 2,5-4cm, e enterre-o a 1,5-2cm de profundidade num vaso de 6-8cm contendo mistura húmida. Introduza o conjunto num saco de plástico ou numa mini-estufa e exponha-o a sol directo velado a uma temperatura de 18-24ºC.
Não deverá ser necessário regar durante sete a dez semanas, até emergir à superfície da mistura um maciço de pequenas folhas que nascem da base do pecíolo. No decorrer das quatro semanas seguintes, destape progressivamente as novas plantas até as retirar completamente da atmosfera protegida. Entretanto, regue-as apenas o necessário para evitar que a mistura seque e aplique-lhes semanalmente um vulgar adubo líquido com um oitavo da concentração habitual. Quando as novas plantas atingirem uma altura de 4-5cm, retire-as com cuidado da folha-mãe e coloque-as em vasos individuais de 6-8cm. A partir de então, trate-as como plantas adultas. As folhas das saintpúlias podem também ser enraízadas em água.
Sementeira: Em local definitivo no início da Primavera ou no Outono. Em estufa na Primavera/Verão e início do Outono.
Floração: Fim do Inverno, até ao Verão, dependendo das zonas.
Poda: Quando as flores estiverem a murchar deverão ser cortadas, assim como também se devem eliminar as folhas secas ou machucadas, para prolongar a floração.
Pragas e doenças: Pulgões, Oídio.
Uma das flores ideais para dar de presente, são bonitas, ocupam pouco espaço, são baratas e enfeitam bem qualquer casa.
Fontes: “Mundodeflores”, “Wikipedia”, PlantasdeInterior”, “JardimdeFlores”, “Jardineiro.net”, outros.
Fontes: “Mundodeflores”, “Wikipedia”, PlantasdeInterior”, “JardimdeFlores”, “Jardineiro.net”, outros.
"Criar uma pequenina flor é um trabalho de eras." (William Blake)